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Mais uma ferramenta para a divulgação de nosso trabalho, professores, pedagogos, psicológos, pais, alunos e todos que acreditam que a educação é a base para a transformação, vamos visitar e fazer sugestões, críticas para continuarmos nessa trajetória e fazer com que os nossos jovens tenham um futuro melhor, que tomem consciência que são capazes de se transformarem em atores principais neste palco que é a vida.







sábado, 14 de novembro de 2015

CARÊNCIA!




Entrevista cedida para o Jornal da Associação dos Cirurgiões Dentistas APCD




Carência afetiva


Jornal da Associação dos Cirurgiões Dentistas APCD: De acordo com uma pesquisa encomendada pela Johnson & Johnson ao Ibope, boa parcela da população brasileira se sente carente. Enquanto 35% afirmaram que receberam muito carinho em suas vidas, 28% declararam não ter recebido. Já 21% dos brasileiros disseram não ter manifestado carinho a ninguém.

Importância do carinho?

Psicóloga: Considero receber e dar carinho tão básico como comer e respirar. Carinho pode ser vista como uma fonte de “combustível” que nos dá energia para nos relacionarmos com as outras pessoas em harmonia. Acredito que o carinho oferece uma informação importantíssima, ele nos diz que somos aprovados, que nos querem por perto, somos aceitos e amados.

Também considero que dar carinho possa ser tão importante quanto receber carinho, pois como já foi dito "O perfume das flores fica nas mãos daquele que as oferece aos outros". Ao ser carinhoso com as pessoas podemos reforçar nosso amor próprio e autoestima pois podemos nos perceber dignos deste gesto.



Menos estresse aos que demonstram ou recebem afeto?

Psicóloga: Acredito que dar e receber carinho pode nos tornar mais resilientes, ou seja, com maior capacidade de nos reerguermos diante das dificuldades da vida. Receber carinho pode reforçar nossas energias pois nos faz sentir importantes para alguém, e dar carinho pode ajudar a tirar o foco dos problemas do dia e dar importância ao contato com outro ser vivo.



Para muitos é difícil demonstrar carinho?

Psicóloga: Vejo que sim. Isto ocorre por alguns motivos, creio que o mais comum seria devido ao fato destas pessoas não terem recebido o tanto de carinho necessário em suas vidas. A infância é um período de treino, tudo o que é vivenciado na infância poderá ser utilizado pelo resto da vida. Uma pessoa que não teve pessoas cuidando (pais, professores, avós, tios, etc) que sabiam dar carinho de forma espontânea também poderão ter dificuldade em expressar o carinho que sentem pelas outras pessoas que entrarem em suas vidas. Uma característica importante da falta de carinho é que quanto menos se pratica o ato de dar carinho mais difícil pode ficar para esta pessoa ser carinhosa em situações futuras, é como se ela fosse travando-se no aspecto emocional.



- Importância do afeto para nosso desenvolvimento?

Psicóloga: Acredito que o afeto, a oportunidade de receber carinho pode ser fundamental para um bom desenvolvimento. Há estudos com animais que foram criados com carinho (colo, afago, etc) comparado com outros que foram criados sem carinho. O resultado foi que os que receberam carinho se tornaram mais inteligentes e equilibrados emocionalmente.

Mas mesmo adultos que não receberam carinho podem “recarregar” boas doses de carinho, podem trabalhar no sentido de se livrarem deste passado amargo e passar a viver novas possibilidades de trocas afetivas. Analisar a forma como a auto imagem possa ter sido danificada por ter vivido sem carinho e treinar novas atitudes pode ser útil.



- Carinho chama carinho

Psicóloga: Carinho é algo que quanto mais se expressa pela outras pessoa mais abre caminhos para receber carinho tanto destas mesmas pessoas como de todas as outras pois, até mesmo sem perceber, aquele que tem comportamentos espontâneos de carinho contamina de forma muito positiva a qualquer pessoa que estiver observando. Quanto mais se expressa carinho mais pode ficar natural e frequente.

Algumas pessoas até recebem muito carinho mas não conseguem registrar a atitude do outro como carinhosa, pois nem sempre o carinho é um afago físico, muitas vezes o carinho é a simples presença de uma pessoa num momento de vulnerabilidade e de necessidade, algumas vezes o carinho é expresso em um simples telefonema para saber como o outro está.

Por isso considero ideal que o carinho seja expresso de forma mais aberta possível, principalmente com palavras. Por exemplo: Se alguém é importante para você diga isso à ele. Se você sente vontade de comprar um mimo para alguém, faça. Se sente que o outro gostaria de um abraço, dê.

Carinho não pode ser cobrado ou exigido, não vejo como possível alguém dar carinho se estão tentando lhe “arrancar” afeto.

Carinho também não pode ser “empurrado goela abaixo” . Se o outro não está preparado para receber aquele carinho que você está disponibilizando pode ser mais interessante respeitar e aguardar outro momento. Caso perceba-se muito "travado" para trocas carinhosas conte com um psicologo para realizar uma psicoterapia.


Será que alguém pode dizer que nunca sentiu algum grau de carência afetiva? Acredito que sentir falta de um abraço, uma palavra de carinho, um apoio do faz parte da condição humana. O sofrimento pode surgir quando não percebemos a possibilidade desse contato caloroso com outras pessoas. Este é o momento de questionar-se: Será que você não tem pessoas calorosas por perto ou será que elas até estão por perto mas você as está afastando ou não as percebe?

A psicologia pode estar intimamente envolvida em tudo o que você faz, nas coisas que você fala, nos lugares aonde você vai, nas decisões que você toma. Um programa sobre esportes por exemplo, costuma mencionar a influencia do aspecto psicológico sobre desempenho do atleta, se ele teve problemas pessoais naquela semana, com mencionam que seu desempenho poderá ser afetado. O desempenho de cada um de nós pode depender do nosso estado mental. A forma como a pessoa se sente, se está motivada, se está desanimada e se recebe calor humano pode ter uma influência enorme nos resultados da vida. Se consegue passar no concurso, se constrói um relacionamento amoroso bacana, se consegue um desempenho legal no trabalho pode ser porque antes conseguiu estar psicologicamente equilibrada e, para este equilíbrio ser completo pode ser necessário a troca carinhosa com pessoas que você admira e quer bem.

Carência emocional

Tem gente que vai pra festa e se diverte e, outros passam a mesma festa de mau humor. Tem gente que vai segunda feira de manhã para trabalho no melhor animo e outros vão arrastados. Por que para alguns parece que nada o completa? Imagino se as necessidades psicológicas de uns estariam sendo satisfeitas e de outros não.



Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Figuras de linguagem.


O QUE SÃO FIGURAS DE LINGUAGEM:

As figuras de linguagem são recursos usados na fala ou na escrita para tornar mais expressiva a mensagem transmitida. É muito importante saber identificar as diversas figuras de linguagem, porque desta forma é possível compreender melhor diferentes textos. Compreender e saber usar figuras de estilo nos capacita a usar de forma mais eficaz a linguagem como fenômeno social e nos ajuda a vislumbrar o simbolismo de algumas conversas e obras escritas.
Algumas mais usadas podem ser divididas em:
Figuras de Palavras
Catacrese: emprego de uma palavra no sentido figurado por não haver um termo próprio. Ex.: a perna dos óculos.

Metáfora: estabelece uma relação de semelhança ao usar um termo com significado diferente do habitual. Ex.: A menina é uma flor.

Comparação: parecida com a metáfora, a comparação é uma figura de linguagem usada para qualificar 1 característica parecida entre dois ou mais elementos. No entanto, no caso da comparação, existe uma palavra de conexão (como, parecia, tal, qual, assim, etc). Ex: "O olhar dela é como a lua, brilha maravilhosamente.".

Metonímia: substituição lógica de uma palavra por outra semelhante.
Ex.: Beber um copo de vinho.

Onomatopeia: imitação de um som. Ex.: trrrimmmmm (telefone)

Perífrase: uso de uma palavra ou expressão para designar algo ou alguém. Ex.:Cidade Luz (Paris)

Sinestesia: mistura de diferentes impressões sensoriais. Ex.: o doce som da flauta
Figuras de Pensamento
Antítese: palavras de sentidos opostos. Ex.: bom/mau

Paradoxo: referente a duas idéias contraditórias em uma só frase ou pensamento. Ex: "Ainda me lembro daquele silêncio ensurdecedor."

Eufemismo: intenção de suavizar um fato ou atitude. Ex.: Foi para o céu (morreu)

Hipérbole: exagero intencional. Ex.: morto de sono

Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: É um santo! (para alguém com mau comportamento)

Prosopopeia ou Personificação: atribuição de predicativos próprios de seres animados a seres inanimados. Ex.: O sol está tímido.
Figuras de Construção

Aliteração: repetição de um determinado som nos versos ou frases.
Ex: o rato roeu a roupa...

Anacoluto: alteração da construção normal da frase. Ex.: O homem, não sei o que pretendia.

Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido. Ex.: “Noite-montanha. Noite vazia. Noite indecisa. Confusa noite.Noite à procura, mesmo sem alvo.” (Carlos Drummond de Andrade)

Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado facilmente. Ex.: no trânsito, carros e mais carros. (há)

Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: subir para cima

Polissíndeto: repetição da conjunção entre os termos da oração. Ex.: “nem o céu, nem o mar, nem o brilho das estrelas”
Zeugma: omissão de um termo já expresso anteriormente. Ex: Ele gosta de Inglês; eu, (gosto) de Alemão.
Figuras de linguagem exercícios para vestibular
Agora uma lista de exercícios extraídos de provas de vestibulares anteriores sobrefiguras de linguagem. Gabarito no final do post.

1) (FUVEST) A catacrese, figura que se observa na frase “Montou o cavalo no burro bravo”, ocorre em:
a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do tempo.
b) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e sepultura.
c) Apressadamente, todos embarcaram no trem.
d) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.
e) Amanheceu, a luz tem cheiro.

2) (UFPE) Nos enunciados abaixo, a palavra destacada NÃO tem sentido conotativo em:

a) A comissão técnica está dissolvida. Do goleiro ao ponta-esquerda.
b) Indispensável à boa forma, o exercício físico detona músculos e ossos, se mal praticado.
c) O melhor tenista brasileiro perde o jogo, a cabeça e o prestígio em Roland Garros.
d) Sob a mira da Justiça, os sorteios via 0900 engordam o caixa das principais emissoras.
e) Alta nos juros atropela sonhos da classe média.

3) (Fei) Assinalar a alternativa correta, com relação as figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a seguir:
I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste.”
II. “A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”
III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam.”
IV. “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, pára, ergue a mão em viseira, firma os olhos.”


a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma

4) No verso “Permitiu parecesse a chama fria.”, encontramos algumas figuras de linguagem. Uma delas é:
a) o eufemismo.
b) o anacoluto.
c) o pleonasmo.
d) a elipse.
e) a anáfora.

5) Identifique as figuras de linguagem marcando:
(1) Metáfora
(2) Metonímia
(3) Catacrese
(4) Comparação
(5) Prosopopéia

a. ( ) Gosto de ouvir Titãs.
b. ( )A doçura do teu olhar é minha vida.
c. ( ) O rio engasgou num barraco.
d. ( ) Usarei no tempero um dente de alho.
e. ( ) Você é venenosa como uma cobra.

6) É o emprego de uma palavra, com base na similaridade, para designar algo que não tem vocábulo próprio, estamos falando de:

a) Catacrese
b) Hipérbole
c) Personificação
d) Metonímia
e) Ambiguidade

7) (UFPB) I."À custa de muitos trabalhos, de muitas fadigas, e sobretudo de muita paciência..."

II."... se se queria que estivesse sério, desatava a rir..."

III."... parece que uma mola oculta o impelia..."

IV."... e isto (...) dava em resultado a mais refinada má-criação que se pode imaginar."

Quanto às figuras de linguagem, há neles, respectivamente,

a) gradação, antítese, comparação e hipérbole.

b) hipérbole, paradoxo, metáfora e gradação.

c) hipérbole, antítese, comparação e paradoxo.

d) gradação, antítese, metáfora e hipérbole.

e) gradação, paradoxo, comparação e hipérbole.

8) (Un. Fe. Uberlândia) Cada frase abaixo possui uma figura de linguagem. Assinale aquela que não está classificada corretamente:


a) O céu vai se tornando roxo e a cidade aos poucos agoniza. (prosopopéia)
b) "E ele riu frouxamente um riso sem alegria". (pleonasmo)
c) Peço-lhe mil desculpas pelo que aconteceu. (metáfora)
d) "Toda vida se tece de mil mortes." (antítese)
e) Ele entregou hoje a alma a Deus. (eufemismo).

9) (Aman) - Há uma evidente onomatopéia em:

a) "Os dois bois tafulham as munhecas, com cloques sonoros."
b) "E Soronho ri, com estrépito e satisfação."
c) "... um tremembé atapeado de alvas florinhas de bem-casados e de longos botões fusiformes de lírios."
d) "Vam'bora, lerdeza! Tu é bobo o mole; tu é boi?!..."
e) "De éis, Buscapé, e depois Namorado, acabaram."

10) (Fau - Santos) - Nos versos:
“Bomba atômica que aterra
Pomba atômica da paz
Pomba tonta, bomba atômica...”
A repetição de determinados elementos fônicos é um recurso estilístico denominado:
a) hiperbibasmo
b) sinédoque
c) metonímia
d) aliteração
e) metáfora

11) (Marília) - Na expressão: "Eles têm poder; nós, dinheiro", a figura de construção empregada é:


a) anástrofe
b) elipse
c) zeugma
d) anacoluto
e) hipérbole

12) (Mackenzie) - "Ó mar salgado, quanto do teu sal
são lágrimas de Portugal!"
Há, nesses versos, uma convergência de recursos expressivos, que se realizam por meio de:
I - metonímia;
II - pleonasmo;
III - apóstrofe;
IV - personificação.

Quanto às especificações anteriores, diz-se que:
a) todas estão corretas.
b) nenhuma está correta.
c) apenas I , II e III estão corretas.
d) apenas III e IV estão corretas.
e) apenas I está incorreta.


13) Na expressão: “Faz dois anos que ele entregou a alma a Deus.” a figura de linguagem presente é:

a) pleonasmo
b) comparação
c) eufemismo
d) hipérbole
e) anáfora

14) (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a
figura de linguagem chamada:

a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número

15) (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:

a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes."
b) "Nasci na sala do 3° ano."
c) "O bonde passa cheio de pernas."
d) "O meu amor, paralisado, pula."
e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."


Gabarito:
1) C 2) B 3) B 4) D 5) a) 2 b) 1 c) 5 d) 3 e) 4 6) A 7) D 8) C 9) A 10) D
11) C 12) A 13) C 14) E 15) C

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Professor para além da profissão.


Em seu texto intitulado o desafio reconstrutivo político da aprendizagem, Pedro Demo defende a ideia da aprendizagem reconstrutiva onde o educando é capaz de traçar sua própria história, usa a criatividade é pauta-se nos fundamentos de Piaget com seu construtivismo.

“Entendemos por aprendizagem reconstrutiva aquela marcada pela relação de sujeitos e que tem como fulcro principal o desafio de aprender, mais do que de ensinar, com a presença do professor na condição de orientador “maiêtico”. Tem como contexto central a formação da competência humana, de cunho político, certamente instrumentada tecnicamente, mas efetivada pela ideia central de formar sujeitos capazes de história própria”. (Demo)

Um ensino de qualidade que intenciona a formação de cidadãos capazes de interferir criticamente na realidade para transformá-la deve, também, contemplar o desenvolvimento de capacidades que possibilitem adaptações às complexas condições e alternativas de trabalho que temos hoje e a lidar com a rapidez na produção e circulação de novos conhecimentos e informações que têm sido crescentes.
As inúmeras modificações que ocorreram na sociedade no decorrer do tempo, incluindo os avanços tecnológicos, influenciaram principalmente nas ações dos alunos no contexto escolar, a figura do professor que em sua definição seria aquele que ensina uma arte, uma ciência, uma língua em um estabelecimento de ensino, sofreu transformações também, o mesmo deixou de ser o único detentor de conhecimento e passou a mediar os mesmos.
"Em sua essência, ser professor hoje, não é nem mais difícil nem mais fácil do que era há algumas décadas atrás. É diferente. Diante da velocidade com que a informação se desloca, envelhece e morre, diante de um mundo em constante mudança, seu papel vem mudando, senão na essencial tarefa de educar, pelo menos na tarefa de ensinar, de conduzir a aprendizagem e na sua própria formação que se tornou permanentemente necessária." (Gadotti 2003.)

Ao professor compete além dos ensinamentos dos conteúdos, usar de sua criatividade para tornar seus alunos capazes de refletir criticamente sobre temáticas de discussão nacional e internacional, relacionando-as com problemas vivenciados pelos mesmos, advindos de tais temáticas, fruto da própria atuação do homem no mundo. Mas para que isso aconteça, é preciso recorrer à criatividade.

DINÂMICA PARA TRABALHAR COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO VERBAL, SABER OUVIR E ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL.


DESENHO DA GALINHA

OBJETIVO:
1-Treinar e reconhecer a importância de saber ouvir.
2-Perceber a importância da comunicação bilateral.
3-Aprimorar a capacidade de comunicação verbal e não verbal.
4-Buscar estratégias para melhorar a comunicação interpessoal e em consequência os relacionamentos em geral.
PARTICIPANTES: até 15 pessoas
TEMPO: 1h e 30’

MATERIAL: Papel sulfite, lápis, desenho da galinha (como abaixo), texto com as informações para a elaboração do desenho da galinha (como abaixo).



DESCRIÇÃO: O facilitador explica ao grupo que irão fazer uma atividade para exercitar a capacidade de comunicação interpessoal.
DESENVOLVIMENTO:

1-O facilitador entrega para cada participante uma folha de sulfite e um lápis e diz que irão executar um desenho de acordo com as instruções que serão dadas para a execução. Nota: NÃO FALAR QUE O DESENHO É DE UMA GALINHA, SÓ FALAR QUE FARÃO UM DESENHO.
Salientar que devem ser obedecidas algumas regras:
. Não serão permitidas perguntas.
. Cada participante deve fazer o seu desenho e não pode olhar o desenho do colega do lado.
. As instruções não podem ser anotadas. Portanto, devem ser executadas à medida que forem sendo passadas.
. Não desistam, todos devem participar!!!
2-Inicia, então, lendo pausadamente, cada instrução para o desenho, conforme o texto, abaixo. Nota: O facilitador pode ler mais que uma vez a instrução, mas não pode responder perguntas, nem dar explicações.

TEXTO DE INSTRUÇÃO PARA EXECUÇÃO DO DESENHO.
1-Faça uma elipse com cerca de 6cm no diâmetro maior.
2-A partir da parte inferior da elipse, faça duas retas paralelas verticais com cerca de 3cm de comprimento, afastadas 1 cm uma da outra.
3-A partir da parte superior esquerda da elipse faça duas retas paralelas e inclinadas com cerca de 2cm de comprimento cada, afastadas 0,5cm, uma da outra.
4-A partir do centro da elipse, faça 3 retas divergentes abrindo para a direita com cerca de 1,5cm de comprimento cada.
5-Na extremidade esquerda das duas paralelas menores, faça uma elipse com cerca de 2cm de diâmetro no eixo maior e este perpendicular às paralelas.
6-A partir da extremidade direita da elipse maior, faça 3 retas divergentes, abrindo para a direita, com cerca de 1 cm de comprimento cada.
7-Na extremidade inferior de cada uma das paralelas maiores, faça 3 retas divergentes abrindo para a esquerda, com 0,5cm de comprimento cada.
8-Faça um pequeno círculo no centro da elipse menor.
9-Faça um triângulo isósceles, com cerca de 0,5cm de lado, com a base encostada na parte esquerda da elipse menor.

3- Quando todos tiveram terminado, o facilitador pede que mostrem seus desenhos, uns para os outros.
Perguntar:
-E aí o que era para ser desenhado?
- Por que todos receberam a mesma informação e saíram desenhos tão diferentes?
- Conseguiram acompanhar as instruções até o fim? Ou desistiram?
- Quais fatores contribuíram para que não se conseguisse executar a tarefa a contento?
- O que se poderia fazer para amenizar as dificuldades? Levantar com o grupo que foi muito difícil, pois eles não puderam tirar suas dúvidas, perguntar se não entenderam, etc. E até muitos poderiam não conhecer as palavras e termos utilizados.
4- Propor então, uma nova tentativa. Dizer que dessa vez podem perguntar e pedir esclarecimentos quando acharem necessário.
5- Iniciar lendo o texto, novamente, só que agora parando para responder as perguntas e dúvidas, podendo até o facilitador desenhar algumas partes como: uma elipse, ou um triangulo isósceles, por exemplo.
6- Ao final da execução, pedir novamente para que cada um mostre seu desenho ao grupo.

DISCUSSÃO: Terminada essa etapa, pedir para que o grupo se disponha em círculo e perguntar?

1- Como se sentiram durante a atividade?
2- Conseguiram realizar a tarefa na primeira etapa? E na segunda, ficou mais fácil?
3- Que sentimentos tiveram quando não conseguiram realizar a tarefa da primeira vez? Sentiram-se frustrados, desmotivados? Quiseram desistir?
4- Quais foram as diferenças entre a primeira e a segunda etapas? Sentiram-se mais envolvidos, interessados e motivados? Houve vantagem no fato de poder perguntar? E quando foram desenhadas algumas partes, ficou mais fácil?
5-O que é importante levarmos em consideração para termos uma boa comunicação interpessoal?
Levar o grupo a perceber que:
Para termos uma comunicação eficaz temos que levar em conta:
A necessidade de ser claro, objetivo, usar uma linguagem própria para quem está ouvindo, colocar-se disponível para responder perguntas, dúvidas, ouvir e perceber a pessoa com quem está dialogando.
Trocar informações e ideias, não apenas falar e deixar de ouvir o que o outro tem para falar. Estar disposto a usar as várias formas de comunicação para expor sua mensagem, como: gestos, desenhos, exemplos, explicações. Respeitar o outro e suas possíveis deficiências. Ser empático. Reconhecer suas próprias limitações enquanto comunicador e buscar alternativas para minimizá-las.
Saber e reconhecer que as pessoas são diferentes, com cultura, grau de instrução, experiências, etc, diferentes e que podem fazer interpretações diversas sobre a mensagem que se está querendo transmitir.


CONCLUSÃO;
Enfatizar que muitas vezes os relacionamentos tendem a sofrer com brigas, desavenças, discórdias, devido a falhas na maneira como nos comunicamos, não prestarmos atenção, ou não tomamos os devidos cuidados quando comunicamos nossas ideias, pontos de vista, projetos, etc. Precisamos estar em sintonia com nosso interlocutor estar abertos para suas reais necessidades e compreendermos suas dificuldades. Assim, poderemos ter adesão e também sermos compreendidos. A comunicação eficaz se estabelece em duas vias e através do respeito mútuo.