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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Estratégias de aprendizagem

O que se pode fazer para se aprender algo como a tabela periódica? Repassar a lista diversas vezes até memorizá-la Formar palavras com os símbolos dos elementos Buscar as relações dentro da própria tabela Organizar esses elementos ou esforçar-se por achar sua própria organização Revisar, elaborar e organizar dá nomes aos três grupos de estratégias.
A importância das estratégias de aprendizagem, tanto para a prática educativa como para a teoria psicológica dificilmente pode ser exagerada. Parece claro que as teorias psicológicas da aprendizagem foram abandonando progressivamente os modelos segundo as quais o conhecimento do sujeito era uma simples réplica da realidade.
O lugar das estratégias de aprendizagem entre os processos cognitivos Flavell e Wellman estabeleciam uma útil diferenciação entre quatro eficazes categorias de fenômenos do desenvolvimento. Haveria alguns processos básicos de aprendizagem que derivariam da própria estrutura e funcionamento do processo cognitivo, o sujeito deve atender à informação apresentada, possuir uma capacidade de memória a longo prazo. Por último, o sujeito disporá de um metaconhecimento que lhe ajudará a utiliza-las de um modo mais eficaz e flexível no planejamento de sua estratégia de aprendizagem. Numerosos autores começaram a distinguir as estratégias de aprendizagem daquilo que poderíamos denominar “habilidade”. Essas habilidades são: sublinhar, tomar notas, formar imagens.
Mas para que se produza a aprendizagem é necessário um certo planejamento dessas habilidades. Fazendo uma analogia ao futebol, o sujeito deve ser jogador e o seu próprio treinador. A repetição de certos recursos ou hábitos não supõe uma estratégia de aprendizagem. Ao estudar, o aluno deve escolher a estratégia de aprendizagem adequada em função de vários critérios.

a) A natureza qualitativa e quantitativa dos materiais apresentados

b) Seus próprios conhecimentos prévios sobre o material de aprendizagem

c) As condições de aprendizagem (tempo disponível, a motivação ou vontade de estudar)

d) A finalidade da aprendizagem. A aquisição das estratégias de aprendizagem - uma
classificação das estratégias de aprendizagem Algumas pesquisas feitas por Craik propunham estudar o que faziam os níveis de processamento. Estas pesquisas propunham - se estudar o que faziam efetivamente os indivíduos com a informação para recordá-la e quais dessas atividades mostram- se mais eficazes. A eficácia da aprendizagem dependia da profundidade com que se houvesse processado estímulo, sendo os níveis mais profundos – mais próximos ao semântico.
A diferença entre aprendizagem orientada para o significado e a aprendizagem literal não é nova. A aprendizagem associativa está relacionada com aquelas que incrementam a probabilidade de recordar literalmente a informação, sem introduzir alterações estruturais na mesma. Estratégias associativas Dentre as estratégias associativas, a mais simples e a mais estudada é o repassamento. Já nos modelos estruturais da memória, estabelecia-se que o repassamento não somente permitia manter por mais tempo a informação na memória a curto prazo, senão que também facilitava a passagem dessa informação para a memória a longo prazo. O repassamento é, sem dúvida uma estratégia eficaz. Até os cinco anos as crianças não apenas utilizam espontaneamente a revisão. Dos seis aos dez anos as crianças não recorrem espontaneamente ao repassamento, mas se beneficiam da instrução.
A partir dos onze anos observa-se um emprego espontâneo do repassamento. Os adolescentes tendem a repassar a informação de modo diferencial, repassa-se a tarefa mais vezes.
Ainda que o repassamento seja, diferentemente das outras, a estratégia associativa mais estudada, quando os materiais são mais complexos, podem ser empregadas algumas estratégias de aprendizagem baseadas na associação.
Estratégias de reestruturação Um e outro tipo de estratégias diferem em complexidade, sendo a organização a forma mais sofisticada de aprender um material, mas ao mesmo tempo, a mais eficaz, quando esse material está explícita ou implicitamente organizado. Elaboração: ocupa um lugar de complexidade e dificuldade de aquisição. Em geral, as estratégias de elaboração simples caracterizam-se por facilitar a aprendizagem de um material escassamente significativo, ou seja, na qual os elementos que a compõem não são organizados. Entre as numerosas técnicas utilizadas para elaborar um material “de fora”, sem apenas modificar sua estrutura interna, destacam-se: Palavra-chave: costuma ser utilizada na aprendizagem de pares associados e consiste em estabelecer um elo verbal intermediário entre duas palavras que devem ser associadas, mas que não tem uma relação significativa entre si.
Imagem mental: uma técnica muito parecida com a anterior consiste em estabelecer a relação entre ambos os elementos mediante uma imagem.
Rimas, abreviaturas, frases: estas técnicas são utilizadas para aprender listas de itens e consistem em formar siglas, rimas, palavras ou frases com elementos da lista. Códigos: outra forma de elaborar uma lista de aprendizagem não estruturada é utilizar um código conhecido ao qual associar, um a um, os elementos que compõem a lista. Dentre as técnicas que elaboram em profundidade os materiais podemos destacar: Analogia: consiste na formação de um modelo ou organização externa a uma matéria que serve para estudar esta última. Elaboração de um texto escrito: um exemplo é o resumo: para ser eficaz, o resumo deve captar a macroestrutura do texto, em lugar de seus detalhes particulares. Organização: As estratégias de organização consistem em estabelecer relações internas entre os elementos que compõem os materiais de aprendizagem. A forma mais simples de organizar um material de aprendizagem é classificar os itens de modo ordenado. Todavia a classificação não é senão a forma mais simples de organizar um material.


Referencias bibliográficas:

COLL César, Jesús Palácios e Álvaro Marchesi. Desenvolvimento psicológico e educação. Psicologia da educação. Volume 2. editora Artes m´edicas sul ltda. Porto Alegre, 1996.
COLL César, Mariana Minas Mestres e Javier Onrubia.Psicologia da educação. Volume 2. editora Artes m´edicas sul ltda. Porto Alegre, 1996.

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