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terça-feira, 20 de março de 2012

Opiniões......

A DONA FLOR DE MAURO MENDONÇA FILHO

Dilmara Gomes do Santos


RESUMO: Adaptar uma obra é fazer uma releitura à cerca da mesma, a Rede Globo fez uma adaptação do livro Dona Flor e Seus Dois Maridos do escritor baiano Jorge Amado para uma minissérie, contando com o Diretor Mauro Mendonça Filho para a escolha do elenco, esse trabalho propõe um estudo sobre a Dona Flor interpretada por Guilia Gam, que foge totalmente do estereótipo criado por Jorge Amado para a morena brejeira de seu livro.

Palavras - Chaves: Dona Flor; Repercussão; Interpretação.


ABSTRACT: To adapt a workmanship is to make a new reading to about the same one, the Net Globe made an adaptation of the book Lady Flower and her Two Husbands of the bahian writer Jorge Loved for one minissérie, counting on the Director Mauro Mendonça Son for the choice of the cast, this work considers a study on the Lady Flower interpreted for Guilia Gam, that runs away total from preconceived opinion created by Jorge Loved for the brejeira colored person of its book.

Words - Keys: Lady flower; Repercussion; Interpretation.
















Os anos 90 começaram com instabilidade, com o confisco de poupanças do presidente Fernando Collor. Os negócios escusos de Collor mais tarde levariam milhares de jovens (mobilizados por uma forte campanha da mídia) a criarem o movimento “Caras Pintada” e pedirem seu impeachment, como afirma Fernando Alcoforado:

O problema do impeachment ou renuncia do presidente Collor envolve mais do que uma questão moral, mas principalmente a substituição de um presidente da República incompetente e insensível ao sofrimento do povo por outro que seja a sua antítese. O futuro do país depende, portanto, do desfecho da CPI e do caso PC Farias.

A crise política que se debateu no país naquele momento exigia dos cidadãos uma profunda reflexão sobre os possíveis desdobramentos de todo o cenário político e qual o melhor caminho atenderia aos interesses da população brasileira. O povo brasileiro tinha necessidades de respostas aos questionamentos políticos que acontecia a todo o momento no país, era CPI daqui, fraudes, corrupções dali, toda a mídia acompanhava os casos, transmitindo ao povo brasileiro, que se assustava com cada novo golpe descoberto:

O fim do governo Collor, com sua renuncia do cargo de presidente da República no dia 29 de dezembro de 1992, representou o epílogo de um dos períodos mais negros da historia do Brasil, caracterizado pela mais desenfreada corrupção, pela insensibilidade social levada ao extremo, pela incompetência na condução dos destinos do País e pelo absoluto descompromisso com os interesses nacionais.

No governo seguinte (Itamar Franco), o país experimentou estabilidade econômica e crescimento com o Plano Real, Fernando Henrique Cardoso, se elegeria presidente por duas vezes seguidas naquela década. Juntamente com o novo presidente, o povo pleiteava um novo rumo para a economia do país. O Plano Real tinha como objetivo o desenvolvimento nacional, a queda da inflação e entrou em vigor no dia primeiro de julho de 1994.

O Plano Real, que entrará em vigor a partir de 1º de julho próximo, tem como principal objetivo à queda da inflação. Ele não difere, no fundamental, quanto ao objetivo dos demais planos de estabilização econômica elaborados desde o governo Sarney, com o Plano Cruzado, até o governo Collor, com a implementação do Plano Collor. Nos últimos tempos, a derrubada da inflação passou a se constituir no Brasil no único objetivo a ser perseguido pelo governo federal. A percepção de todos os governantes brasileiros, de Sarney a Itamar, tem sido a de que a inflação precisa ser vencida antes para que o País retome o seu crescimento depois.

A cultura brasileira tornou-se valorizada, com a ressurreição do cinema e a boa recepção de artistas musicais no exterior. O esporte também passou por bons momentos, com 15 medalhas olímpicas e títulos mundiais em futebol e basquete, de acordo com estudos de Victor Civitta no Almanaque Abril:

Em Atlanta o Brasil teve a sua melhor participação olímpica conquistando três medalhas de ouro, três de prata e nove de bronze. A maior parte dessas medalhas veio do iatismo, o vôlei de praia feminino nos brindou com uma final brasileira, um momento histórico já que nunca uma mulher havia conquistado uma medalha olímpica para o Brasil.
A escolha da cidade americana de Atlanta para realizar a Olimpíadas de 1996 foi polemica. Afinal, faziam 100 anos desde a primeira Olimpíada Moderna e, pela lógica, os Jogos Olímpicos deveriam retornar a Atenas.
Durante o período dos jogos Olímpicos milhões de brasileiros acompanharam e torceram de suas casas por nossos atletas e com isso aumentaram a audiência das emissoras que transmitiam as competições, o brasileiro patriota ao extremo não perdia um saque, uma jogada ou qualquer noticia que falasse sobre o desempenho dos nossos atletas nos jogos.
Adaptar, segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, significa ajustar, acomodar, adequar, assim a rede Globo decidiu fazer uma adaptação do livro do escritor baiano Jorge Amado para tentar alavancar a audiência da emissora.
No ano 1998 a rede Globo voltou a apostar em minissérie esperando com esse investimento tirar proveito. Para iniciar a nova programação a emissora faz uma releitura do triângulo amoroso mais conhecido nacionalmente. A nova versão estreou em uma terça-feira, às 21h 45min (nove e quarenta e cinco da noite), dividida em 20 (vinte) capítulos, tendo a produção à necessidade de ampliar a história de Jorge Amado para marcar a diferença do filme de Bruno Barreto, sucesso dos anos 70. A adaptação do escritor Dias Gomes contará como diretor Mauro Mendonça Filho que na versão para o cinema em 1975 teve seu pai como um dos protagonista do filme do diretor Bruno Barreto.
Apesar de ter feito 500 adaptações de textos universais, Dias Gomes gosta mais de criar seus próprios textos. Mas com essa minissérie sobre a obra do autor baiano, esta abrindo uma exceção por ter uma grande admiração e peculiar carinho por Jorge e ao mesmo tempo prestando uma homenagem por considerá-lo o nosso Balzac.
Esse projeto de adaptar o romance Dona Flor surgiu segundo o dramaturgo em entrevista a Natasha Szaniecki do Jornal São Paulo de José Bonifácio Sobrinho; diretor da Organizações Globo onde diz “A idéia veio de Boni. Eu apenas aceitei a incumbência, ou melhor, o desafio”.

Na mesma reportagem Dias Gomes diz que a minissérie sofrerá algumas modificações no desenvolvimento dos personagens, ele apenas delineara em relação ao enredo, imprimido mais ações a historia. Trazendo o romance mais para contemporaneidade.
O Jornal Fluminense, de 08 de março de 1997, noticiou que o Diretor Mauro Mendonça Filho quer dá um caráter contemporâneo à nova versão que terá 23 capítulos e contara com cerca de 40 atores, moradores do bairro da Saúde atuarão como figurantes na minissérie, aproveitando as casas de estilo da década em que se passava o romance de Jorge Amado e a população local:
Cerca de seis casas localizadas no bairro Saúde, em Salvador (Bahia) estão sendo cenografadas – sob orientação da cenógrafa Lia Renha – para servir como locações da minissérie Dona Flor e Seus Dois Maridos. As gravações com todo o elenco, formado por 40 atores, terão início na última semana do mês. Moradores locais atuarão como figurantes das cenas, comandadas pela direção geral de Mauro Mendonça Filho. Segundo ele, a nova versão da obra de Jorge Amado, terá um tratamento contemporâneo, através da adaptação de 23 capítulos, de Dias Gomes.

Ao imaginarmos Dona Flor, criou-se um estereotipo da morena, brejeira e cheia de ginga dos romances de Jorge Amado, porém em uma adaptação para a televisão na minissérie global Dona Flor ganhou uma nova roupagem e sua interprete Giulia Gam foge de todos os biótipos imaginados para reencarnar Flor, que já foi interpretada no cinema em um filme do diretor Bruno Barreto por Sônia Braga. As comparações entre a versão televisiva e a obra de Jorge Amado é inevitável na medida em que o público leitor conhecedor do livro e expectador da versão para o cinema começam a olhar a Dona Flor de Mauro Mendonça Filho buscando alguma semelhança com as outras duas.
O povo baiano é conhecido por sua hospitalidade e não poderia esperar outra atitude que não fosse de aceitação a uma atriz da renomada rede globo de televisão filmando uma minissérie baseada em um romance do grande escritor Jorge Amado que já foi adaptado para o cinema em um grande sucesso do diretor Bruno Barreto e ainda por cima trouxe um elenco com atores conhecidos como Edson Celulari na pele do malandro Vadinho.
O jornal O Liberal, de 11 de maio de 1997, noticiou que o diretor Mauro Mendonça Filho, o próprio Jorge Amado e até mesmo o povo baiano, aprova a atriz Giulia Gam como interprete de Flor mesmo a atriz tendo um biótipo europeu:

Fugindo ao convencional e apostando na capacidade de interpretação, ele optou pela moça, de tipo físico europeu, para viver, numa minissérie da Globo, a baiana nascida da imaginação de Jorge Amado. Deu certo. Tanto que o próprio criador já aprovou a nova versão da criatura. E não só o talentoso escritor, como o povo de Salvador, que vem acompanhando de perto as gravações da historia.


Comparar Giulia Gam com a loura mais famosa do cinema Marilyn Monroe, foi um dos argumentos que Mauro Mendonça Filho usou para justificar a escolha de Giulia para encarnar Flor, segundo a própria atriz é em Marilyn que pensa quando está filmando e considera sua Flor mais popular. A atriz ficou surpresa com a escolha de Mauro Mendoça Filho e já estava envolvida em outros projetos quando recebeu a noticia que seria ela a interprete de Flor na minissérie, a atriz precisou escurecer os cabelos e aproveitar o sol forte da Bahia para dar um tom moreno á pele.
Contradizendo a afirmação que fez no Jornal A Tarde, de 11 de maio de 1997, onde Giulia disse que inspirava-se em Marylin Monroe ao filmar a minissérie, entretanto a atriz fez tudo que foi necessário para chegar perto das morenas baianas e de todas as personagens de Jorge Amado, aproveitou o sol forte da Bahia e escureceu os cabelos, porém mesmo com todo esforço Giulia não chega perto do tipo morenaça, a atriz é paulista, loura e alva. Ela não se importa com as comparações entre ela e Sônia Braga e diz que sua maior preocupação é com a interpretação.
É uma questão de opinião do diretor, mas é muito difícil olhar para Guilia Gam que já interpretou papeis de heroínas da época medieval como na novela Que Rei Sou Eu, justamente por ter um tipo germânico e não pensar nela como uma atriz que seria mais fácil imaginarmos interpretando Lucíola que Tieta.

Giulia ainda não sabe ao certo como é essa Dona Flor. No momento, ela consegue apenas prever uma mulher inteira, com poder de sedução, mas que finge ignorar tudo isso. A Dona Flor que Giulia pretende mostrar é menos sofisticada e mais popular que os personagens que chegaram à memória do publico, via literatura e cinema. O desafio, segundo ela, é ao mesmo tempo reproduzir com fidelidade o sentimento da obra de Jorge Amado, como ocorreu no filme estrelado por Sônia Braga, e estabelecer diferenças.


Segundo a atriz, Dona Flor é um relato das aspirações femininas, consegue ser esposa e amante, coisa que toda mulher se identifica. “Dona Flor é sedutora quando cheira, quando a brisa que vem do mar bate em seu rosto. Ela é sedutora pelo cheiro do acarajé, pelo clima daqui, que é outro; pelo corpo que dança na subida das ladeiras”.
Outro aspecto que o diretor quis diferenciar foi à questão do tempo, ele disse no mesmo jornal que a minissérie será atemporal, pois irá conciliar sem conflitos o romantismo dos anos 40 e as músicas eletrizantes de Carlinhos Brown e seus timbaleiros.
Em 14 de maio de 1997, Giulia Gam ao ser entrevistada por Ricardo de Souza pontuou alguns aspectos que para ela, era muito mais importante que a diferença física, pois as pessoas a consideram mais com um biótipo europeu, ela disse: “Dona Flor é um clássico que pertence não só à Bahia, mas ao Brasil, fiquei muito orgulhosa poder participar pela primeira vez desse universo maravilhoso”.
Ao considerar a obra de Jorge como um clássico, Giulia foge de tudo o que se pode considerar clássico em relação à mesma a proposta do diretor Mauro Mendonça Filho é justamente transportar Dona Flor e Seus Maridos para um contexto contemporâneo, através de uma releitura da obra, deixando a questão do clássico de lado, mudando até mesmo a morena que Jorge imaginou e que Sônia Braga interpretou brilhantemente, colocando uma versão nova, moderna de Flor, onde a todo o momento o que enfatiza-se é a questão da sensualidade, típica de toda mulher brasileira, que já foi explorada desde o descobrimento, independente de cor ou raça o traço marcante para representar a mulher brasileira é ser sensual. Este referencial de sensualidade a “flor da pele” é maca quando se trata de Brasil, assim como este é o país do futebol, também é o país das mulatas faceiras, sensuais e sedutoras, não se fala em Brasil sem se falar na beleza da mulher brasileira.
Neste aspecto a atriz foi bastante convincente, na medida em que o figurino usado por ela na minissérie destacava seu corpo, mesmo sem ser uma mulheraça, os decotes, os micros e minis foi cuidadosamente escolhido, usado e abusado, deixando claro que a preocupação com a questão da sensualidade foi minuciosamente estudada pela rede Globo de televisão. Afinal não sendo uma morena como Sônia Braga, não tendo o biótipo das mulheres idealizadas por Jorge Amado, a minissérie tinha que investir em algo para fazer com quê sua Flor fosse diferente, no entanto não deixasse de ser sensual.
Ao ser indagada sobre a diferença entre ela e Sônia Braga respondeu ao repórter da seguinte maneira:
Quando conversei com o Mauro antes das gravações eu falei: “Que cara nós vamos dar á sua personagem?” Ele disse que a sua primeira preocupação era com a essência de Flor e não com sua aparência. É claro que eu passei por um processo de morenização, pois tomei bastante sol e pintei o cabelo de preto. D. Flor é uma mulher simples, íntegra, de temperamento forte, que respeita a paixão e sonha em ser feliz. Por isso acho que as mulheres se identificam tanto com ela, porque é um símbolo de feminilidade. É isso que será preservado na minissérie.

A nova interprete de Flor já trabalhou com a maior parte da equipe de produção e elenco e se sentiu mais segura ainda com tantas pessoas conhecidas fazendo parte de novo trabalho, o que para ela facilitou a interpretação:

Achei maravilhoso quando soube que o núcleo da minissérie teria o Guel, o Mauro, o Nanini, o Edson e outras pessoas com quem eu já havia trabalhado. Isso me deu muita segurança durante as gravações. Também adorei meus dois maridos (risos). É um prazer contracenar com eles, pois podemos nos expor mais por causa da intimidade e harmonia que adquirimos em outros trabalhos.

Ainda na mesma entrevista ela disse que o autor do livro Dona Flor e seus dois Maridos, Jorge Amado já tinha conversado em entrevista com Pedro Bial seu marido na época que ela tinha a doçura de Flor e ainda foi aprovada em um dos requisitos que segundo o baiano seria indispensável para uma interprete de sua criação:
O engraçado que uma vez ele disse que a atriz que fosse interpretar Dona Flor deveria ter o bumbum bonito. Eu disse que não sabia se seria aprovada nesse pré-requisito. Mas ele falou para não me preocupar porque eu passava no teste.

Mauro Mendonça ficou muito feliz com a interpretação de sua escolhida, e disse que pensou nela por considerar a atriz uma das melhores de sua geração, no Jornal do Brasil de 15 de julho o diretor disse: “Queria fugir do estereotipo baiana e morenaça de cabelo pixaim. Giulia está longe de ter uma cara européia é tão brasileira como a Sônia” ••••.
Este estereotipo que o diretor tanto quis fugir é algo que foi construído a muito tempo, a maioria da população baiana é constituída de mestiços, o cabelo pixaim, a negritude, a sensualidade, os balanços dos quadris, a força, são heranças dos escravos que na sua grande parte ficaram nesta cidade, não somente a Bahia como o Brasil é constituído em sua maioria por uma grande mistura de raças, a interpretação é muito importante, entretanto se a questão do tipo pré-definido de alguns personagens não fosse substancial, poderíamos colocar um saci na televisão com duas pernas, uma Cinderela feia ou um príncipe em um carro ao invés do cavalo branco.
O diretor já trabalhou com Giulia em episódios da Comédia da vida privada e tece elogios a respeito da mesma, acha que a participação da atriz na minissérie dispensa qualquer comentário, não poderia ser diferente pois a mesma foi escolhida por ele, a principio a nova Flor seria Letícia Sabatella, que pelo menos tem um tipo mais baiano que Giulia, até mesmo a escolhida não esperava ser a nova Flor e no Jornal do Brasil do dia 14 de julho de 1997 disse que ficou surpresa ao saber que ela seria a nova Flor, pois Letícia tinha recusado o papel, mesmo estando envolvida com outros trabalhos a atriz resolveu aceitar o desafio.

O adiantado envolvimento com Primeiras estórias, a suposta distancia entre o seu físico e o de Dona Flor e as inseguranças sobre o papel ajudaram a montar o dilema. Ela só disse o sim definitivo depois de receber uma autorização informal do próprio autor, Jorge Amado, enquanto acompanhava Pedro Bial numa entrevista com o escritor. “Você pode fazer Dona Flor porque tem a doçura do personagem”, ele disse.


A população da Bahia é formada por uma grande mistura de raças, ao escalar uma atriz com o tipo físico de Giulia o diretor de elenco deveria saber que as comparações seriam inevitáveis, pois ao lermos o livro de Jorge Amado já imaginamos a Flor de Bruno Barreto, Sônia Braga foi imortalizada nas adaptações feitas das obras do escritor baiano, exalava sensualidade por todos os poros, uma obra importante e tão explorada como Dona Flor é algo que pertence ao público e o mesmo tem direitos e o usa de tecer comparações a cerca da mesma.
A questão das baianidade que é discutida sempre com perguntas como: O que é ser baiano? Que cor tem a Bahia? A Bahia é um estado híbrido, porém ao tentar fugir do tipo morenaça de cabelo pinxaim, Mauro Mendoça Filho só pecou quando esqueceu que a maioria da população da terra e do imaginário de Jorge Amado é constituída de negros e mestiços que vivem nas mazelas e guetos desta terra de encantos, magias e axés, a cada livro, cada personagem criado pelo escritor Jorge Amado, um baiano ou até mesmo um brasileiro se identifica com algum traço, alguma característica, isto sim faz a diferença, esse referencial que remete o leitor, ao mundo de sonhos que Jorge Amado retrata de forma magistral.









REFERÊNCIAS:

ANDRADE, Patrícia. Reconhecimento.O globo. Rio de Janeiro, 17 abr. 1996.
ALCOFORADO, FERNANDO. De Collor a FHC: o Brasil e a nova (dês)ordem mundial – São Paulo: Nobel, 1998.
NOTICIAS DE REDAÇÃO. Dona Flor em Salvador. O Fluminense, 08 de mar. 1997.
CIVITTA, Victor. Almanaque Abril – São Paulo, 1997.
JÚNIOR, Valdomiro. Com a benção da Bahia e de Jorge Amado. A Tarde. Salvador, 11 de maio 1997, Caderno Revista da TV. P. 18 e 19
SOUZA, Ricardo. Jorge Amado diz sim para a nova D. Flor. Tribuna do Norte, Natal, 14 de maio. 1997
SZANIECKI, Natasha.Dias Gomes faz adaptação de “Dona Flor”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 25 abr.1996.Caderno 2, p.9.

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