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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

PLANEJAR


Planejar não é simplesmente preencher formulários é um ato político que requer uma tomada de consciência das ações docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas tendo como referencias as situações didáticas concretas. Segundo Oswaldo Alonso Rays o ato de planejar pode ser dividido em momentos para uma melhor compreensão da sua dimensão, cada um dos momentos é indispensável para que o próximo venha a acontecer: interagir com a comunidade, fazer um levantamento sobre as condições socioeconômicas dos educandos, traçar objetivos e determinar conteúdos, saber como colocar os objetivos e conteúdos em pratica e por último, porém não menos importante avaliar a aprendizagem.
Em seu livro Didática, José Carlos Libâneo faz uma sucinta definição a cerca do ato de planejar:
O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. A escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influencias econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade de classes. Isso significa que os elementos do planejamento escolar – objetivos, conteúdos, métodos – estão recheados de implicações sociais, tem um significado genuinamente político. Por essa razão, o planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na sociedade.

Tanto Libâneo quanto Rays concordam que o planejamento entra na esfera política e que temos, portanto que tomar bastante cuidado com o que iremos fazer com o nosso trabalho, traçar metas, estabelecer caminhos é importante pra que não nos tornemos joguetes da sociedade. Em um mundo globalizado onde com o neoliberalismo a educação virou uma “mercadoria”, é preciso planejar bem o público que quero atingir, o professor deixou de ser detentor de todos os conhecimentos, o único, a saber, sobre tudo e passou a concorrer com a mídia que cada vez mais vem formando “os aprendizes do futuro”.
Como já foi dito Rays traça alguns momentos que se compõe um planejamento, os momentos são interligados e cada uma tem sua significância:

a) No primeiro momento temos a integração entre a comunidade e a escola, pois ambos são parte essencial na formação do educando, saber qual o perfil da comunidade, fazer com que ela seja partícipe é uma das partes sem dúvida essenciais no planejamento;

b) Logo em seguida temos que conhecer nosso público alvo, qual meu tipo de aluno? Como eles vivem? Como são suas famílias? Quais seus anseios?

c) Após saber como interagir com a comunidade e conhecer meus educandos; devo a parti daí me esquematizar em prol do meu conteúdo, pois o mesmo é definido em um único momento, cabe salientar que neste momento a interação é imprescindível, um planejamento sem participação está fadado ao fracasso.

d) Na atividade de aprendizagem que corresponde ao quarto momento, está a preocupação: como vou desenvolver meu conteúdo? Não basta simplesmente ser detentora de todos os conhecimentos se não sou capaz de compartilhá-los, se meus alunos simplesmente acham que estou falando um idioma desconhecido;

e) Essa etapa não se resumi simplesmente a aplicar as assustadoras provas “objetivas” e “subjetivas”, que as escolas empurram aos educandos, a avaliação deveria ser feita de uma maneira processual e não uma armadilha onde em algumas perguntas, sem saber se o aluno está bem ou não psicologicamente é avaliado seus conhecimentos.

Após analisarmos essas etapas podemos ver o quanto realmente um planejamento bem elaborado irá colaborar para um ensino de qualidade, não se quer com isso criar mais uma receita, um modelo programado que negue dogmas, não pode se mudado e sim para atestar que o planejamento requer toda uma articulação que vai desde a participação da comunidade até a necessidade do educador ver como será avaliado o educando.



Referencia Bibliografica:

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. – São Paulo: Cortez, 1994, p.
BECHARA, Evanildo. Gramática Escolar da Língua Portuguesa, 1ª ed. Lucena, 2004
COMPEDELLI, SAMIRA – Liteuratura/produção de textos e gramática – 3º ed. - São Paulo: ed. Saraiva, 2002 p.445
GIACOMOZZI, GILLIO, et. Al - Estudos de gramática - São Paulo: FTD S.A, 199, p.99
GRISOLIA, Miriam Margarida e Renata Carone Sborgia. Português sem Segredos. São Paulo: ed. Madras, 200.
LIMA, Rocha – Gramática normativa da língua portuguesa – 40º ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2001. p.66





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