VAMOS DIVULGAR

Mais uma ferramenta para a divulgação de nosso trabalho, professores, pedagogos, psicológos, pais, alunos e todos que acreditam que a educação é a base para a transformação, vamos visitar e fazer sugestões, críticas para continuarmos nessa trajetória e fazer com que os nossos jovens tenham um futuro melhor, que tomem consciência que são capazes de se transformarem em atores principais neste palco que é a vida.







sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Professor para além da profissão.


Em seu texto intitulado o desafio reconstrutivo político da aprendizagem, Pedro Demo defende a ideia da aprendizagem reconstrutiva onde o educando é capaz de traçar sua própria história, usa a criatividade é pauta-se nos fundamentos de Piaget com seu construtivismo.

“Entendemos por aprendizagem reconstrutiva aquela marcada pela relação de sujeitos e que tem como fulcro principal o desafio de aprender, mais do que de ensinar, com a presença do professor na condição de orientador “maiêtico”. Tem como contexto central a formação da competência humana, de cunho político, certamente instrumentada tecnicamente, mas efetivada pela ideia central de formar sujeitos capazes de história própria”. (Demo)

Um ensino de qualidade que intenciona a formação de cidadãos capazes de interferir criticamente na realidade para transformá-la deve, também, contemplar o desenvolvimento de capacidades que possibilitem adaptações às complexas condições e alternativas de trabalho que temos hoje e a lidar com a rapidez na produção e circulação de novos conhecimentos e informações que têm sido crescentes.
As inúmeras modificações que ocorreram na sociedade no decorrer do tempo, incluindo os avanços tecnológicos, influenciaram principalmente nas ações dos alunos no contexto escolar, a figura do professor que em sua definição seria aquele que ensina uma arte, uma ciência, uma língua em um estabelecimento de ensino, sofreu transformações também, o mesmo deixou de ser o único detentor de conhecimento e passou a mediar os mesmos.
"Em sua essência, ser professor hoje, não é nem mais difícil nem mais fácil do que era há algumas décadas atrás. É diferente. Diante da velocidade com que a informação se desloca, envelhece e morre, diante de um mundo em constante mudança, seu papel vem mudando, senão na essencial tarefa de educar, pelo menos na tarefa de ensinar, de conduzir a aprendizagem e na sua própria formação que se tornou permanentemente necessária." (Gadotti 2003.)

Ao professor compete além dos ensinamentos dos conteúdos, usar de sua criatividade para tornar seus alunos capazes de refletir criticamente sobre temáticas de discussão nacional e internacional, relacionando-as com problemas vivenciados pelos mesmos, advindos de tais temáticas, fruto da própria atuação do homem no mundo. Mas para que isso aconteça, é preciso recorrer à criatividade.

DINÂMICA PARA TRABALHAR COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO VERBAL, SABER OUVIR E ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL.


DESENHO DA GALINHA

OBJETIVO:
1-Treinar e reconhecer a importância de saber ouvir.
2-Perceber a importância da comunicação bilateral.
3-Aprimorar a capacidade de comunicação verbal e não verbal.
4-Buscar estratégias para melhorar a comunicação interpessoal e em consequência os relacionamentos em geral.
PARTICIPANTES: até 15 pessoas
TEMPO: 1h e 30’

MATERIAL: Papel sulfite, lápis, desenho da galinha (como abaixo), texto com as informações para a elaboração do desenho da galinha (como abaixo).



DESCRIÇÃO: O facilitador explica ao grupo que irão fazer uma atividade para exercitar a capacidade de comunicação interpessoal.
DESENVOLVIMENTO:

1-O facilitador entrega para cada participante uma folha de sulfite e um lápis e diz que irão executar um desenho de acordo com as instruções que serão dadas para a execução. Nota: NÃO FALAR QUE O DESENHO É DE UMA GALINHA, SÓ FALAR QUE FARÃO UM DESENHO.
Salientar que devem ser obedecidas algumas regras:
. Não serão permitidas perguntas.
. Cada participante deve fazer o seu desenho e não pode olhar o desenho do colega do lado.
. As instruções não podem ser anotadas. Portanto, devem ser executadas à medida que forem sendo passadas.
. Não desistam, todos devem participar!!!
2-Inicia, então, lendo pausadamente, cada instrução para o desenho, conforme o texto, abaixo. Nota: O facilitador pode ler mais que uma vez a instrução, mas não pode responder perguntas, nem dar explicações.

TEXTO DE INSTRUÇÃO PARA EXECUÇÃO DO DESENHO.
1-Faça uma elipse com cerca de 6cm no diâmetro maior.
2-A partir da parte inferior da elipse, faça duas retas paralelas verticais com cerca de 3cm de comprimento, afastadas 1 cm uma da outra.
3-A partir da parte superior esquerda da elipse faça duas retas paralelas e inclinadas com cerca de 2cm de comprimento cada, afastadas 0,5cm, uma da outra.
4-A partir do centro da elipse, faça 3 retas divergentes abrindo para a direita com cerca de 1,5cm de comprimento cada.
5-Na extremidade esquerda das duas paralelas menores, faça uma elipse com cerca de 2cm de diâmetro no eixo maior e este perpendicular às paralelas.
6-A partir da extremidade direita da elipse maior, faça 3 retas divergentes, abrindo para a direita, com cerca de 1 cm de comprimento cada.
7-Na extremidade inferior de cada uma das paralelas maiores, faça 3 retas divergentes abrindo para a esquerda, com 0,5cm de comprimento cada.
8-Faça um pequeno círculo no centro da elipse menor.
9-Faça um triângulo isósceles, com cerca de 0,5cm de lado, com a base encostada na parte esquerda da elipse menor.

3- Quando todos tiveram terminado, o facilitador pede que mostrem seus desenhos, uns para os outros.
Perguntar:
-E aí o que era para ser desenhado?
- Por que todos receberam a mesma informação e saíram desenhos tão diferentes?
- Conseguiram acompanhar as instruções até o fim? Ou desistiram?
- Quais fatores contribuíram para que não se conseguisse executar a tarefa a contento?
- O que se poderia fazer para amenizar as dificuldades? Levantar com o grupo que foi muito difícil, pois eles não puderam tirar suas dúvidas, perguntar se não entenderam, etc. E até muitos poderiam não conhecer as palavras e termos utilizados.
4- Propor então, uma nova tentativa. Dizer que dessa vez podem perguntar e pedir esclarecimentos quando acharem necessário.
5- Iniciar lendo o texto, novamente, só que agora parando para responder as perguntas e dúvidas, podendo até o facilitador desenhar algumas partes como: uma elipse, ou um triangulo isósceles, por exemplo.
6- Ao final da execução, pedir novamente para que cada um mostre seu desenho ao grupo.

DISCUSSÃO: Terminada essa etapa, pedir para que o grupo se disponha em círculo e perguntar?

1- Como se sentiram durante a atividade?
2- Conseguiram realizar a tarefa na primeira etapa? E na segunda, ficou mais fácil?
3- Que sentimentos tiveram quando não conseguiram realizar a tarefa da primeira vez? Sentiram-se frustrados, desmotivados? Quiseram desistir?
4- Quais foram as diferenças entre a primeira e a segunda etapas? Sentiram-se mais envolvidos, interessados e motivados? Houve vantagem no fato de poder perguntar? E quando foram desenhadas algumas partes, ficou mais fácil?
5-O que é importante levarmos em consideração para termos uma boa comunicação interpessoal?
Levar o grupo a perceber que:
Para termos uma comunicação eficaz temos que levar em conta:
A necessidade de ser claro, objetivo, usar uma linguagem própria para quem está ouvindo, colocar-se disponível para responder perguntas, dúvidas, ouvir e perceber a pessoa com quem está dialogando.
Trocar informações e ideias, não apenas falar e deixar de ouvir o que o outro tem para falar. Estar disposto a usar as várias formas de comunicação para expor sua mensagem, como: gestos, desenhos, exemplos, explicações. Respeitar o outro e suas possíveis deficiências. Ser empático. Reconhecer suas próprias limitações enquanto comunicador e buscar alternativas para minimizá-las.
Saber e reconhecer que as pessoas são diferentes, com cultura, grau de instrução, experiências, etc, diferentes e que podem fazer interpretações diversas sobre a mensagem que se está querendo transmitir.


CONCLUSÃO;
Enfatizar que muitas vezes os relacionamentos tendem a sofrer com brigas, desavenças, discórdias, devido a falhas na maneira como nos comunicamos, não prestarmos atenção, ou não tomamos os devidos cuidados quando comunicamos nossas ideias, pontos de vista, projetos, etc. Precisamos estar em sintonia com nosso interlocutor estar abertos para suas reais necessidades e compreendermos suas dificuldades. Assim, poderemos ter adesão e também sermos compreendidos. A comunicação eficaz se estabelece em duas vias e através do respeito mútuo.